O prefeito de Campo Novo do Parecis, a 397 km de Cuiabá, Rafael Machado, destacou a diversidade que o município possui na produção agrícola, durante o Papo das Seis, no Bom Dia MT desta sexta-feira (14). No entanto, ele reclamou das más condições das MTs 235 e 358, que são importantes para o escoamento de grãos.
Rafael citou que a maior produção do município é de soja, com 400 mil hectares plantados. Em seguida, está o milho, com 200 mil hectares. Ele ressaltou ainda que a região é a maior produtora nacional de milho de pipoca.
Além desses grãos, Campo Novo do Parecis possui 60 mil hectares de plantação de girassol e 40 mil hectares de cana-de-açúcar.
“A grande referência do município é o agronegócio, pois temos diversidade nas plantações. A pecuária também tem ganhado força, já existem cerca 200 mil cabeças de gado no município”, afirmou.
Uso de agrotóxicos
Apesar dos números positivos na produção agrícola, o Fórum Mato-grossense de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos divulgou um resultado sobre a água consumida por trabalhadores e apontou a presença de resíduos na urina e no sangue deles.
Para o prefeito, existem muitos comentários contrários a esses dados e, na avaliação dele, há divergência na pesquisa, pelo fato dela abranger várias regiões.
“Essas pesquisas voltadas para os agrotóxicos atinge todas as cidades que praticam a agricultura. Estamos avaliando a veracidade dos dados. Com relação a água fornecida pelo município, posso afirmar que nosso município cumpre bem esse dever”, pontuou.
Condições das rodovias
As condições precárias das MTs 235 e 358, importantes para o escoamento de grãos na região, têm sido um dos principais problemas na região, segundo o prefeito.
Rafael afirmou que a prefeitura tentou implantar o projeto 'Tapa Buraco' na MT-235, mas foi alertada que a responsabilidade é do estado.
“Moro no estado há 15 anos e nunca vi essas estradas boas. No entanto, não posso utilizar recurso municipal em uma estrada estadual. Estamos limitados quanto a isso”, disse.
Segundo Rafael, a prefeitura está propondo um projeto ao governo para assumir a manutenção dessas rodovias.
“Estamos propondo uma alternativa para conveniar municípios e fazer com que o estado nos repasse recursos financeiros ou os materiais para que possamos cuidar dessas estradas. Se necessário, cobraremos pedágio, exclusivamente com o objetivo de mantê-la acessível”, explicou.
G1 MT