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3ª edição do projeto Agente Mirim começa neste mês

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O projeto Agente Mirim, desenvolvido por agentes penitenciários que trabalham na unidade prisional de Campo Novo do Parecis, inicia sua terceira edição no próximo sábado (14.04). Além de adolescentes de 12 a 17 anos, a edição deste ano também atenderá crianças de 08 a 11 anos, idosos e índios, totalizando 300 inscritos.

 

A proposta é levar noções de disciplina, respeito e atitudes cívicas por meio de palestras, ações sociais, oficinas, esportes e atividades musicais contribuindo para retirar de situações de risco e vulnerabilidade principalmente crianças e adolescentes da cidade.

 

O agente penitenciário e coordenador do projeto, Fábio Aguiar, lembra que idealizou o trabalho após participar de uma missão brasileira em 2007 no Haiti. “Depois disso, entrei para o sistema penitenciário e vi que muitos jovens e adolescentes estavam envolvidos com a criminalidade e muitas vezes, após passar pelo processo de ressocialização, eles continuavam no círculo vicioso. Então, tive a ideia de desenvolver um projeto de prevenção, que é o Agente Mirim, onde trabalhamos a disciplina e construção de caráter para evitar a inclusão desse agente no crime”.

 

Neste ano entraram 60 novos alunos e mais 140 que vem da primeira e segunda edição. São prioritários no projeto os filhos de recuperandos, as indicações do Conselho Tutelar da cidade e quem já tem irmão inscrito, mas isso não impede que os interessados também participem. Integram o grupo ainda crianças da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). A novidade desta edição será a presença de idosos e de crianças de aldeias indígenas do município.

 

O curso tem a duração de 10 meses. Ao final, os alunos participam de dois acampamentos: O Braço Forte, onde em três dias os participantes colocam em prática o que aprenderam durante as aulas. No local eles fazem trilha, tirolesa, camuflagem e primeiros socorros. Já o Acampagem, que também tem a duração de três dias, é onde ocorre a formatura e os pais participam.

 

Voluntários

Além de agentes voluntários, apoiam o projeto o empresariado local e profissionais, como médico e assistente social, que têm afinidade com a ação e dedicam gratuitamente seu tempo na atividade. Eles colaboram desenvolvendo exercícios, ofertando material e auxiliando os agentes a darem instruções aos alunos. “Contamos com o apoio de técnicos administrativos, neuropsicopedagogo, professores, entre outros profissionais que entenderam a importância do projeto e nos ajudam na missão”, informa Aguiar.

 

Comprometimento dos pais ou responsáveis

O projeto exige assiduidade dos alunos nas atividades, mas também requer comprometimento dos pais ou responsáveis pelas crianças e adolescentes, que assinam um termo de compromisso de responsabilidade ao inscreverem seus filhos. No termo, é esclarecido que os responsáveis pelos pequenos precisam participar de uma reunião por mês com a equipe do projeto, caso não cumpra, os filhos correm o risco de não continuarem o curso.

 

Fernanda Nazário | Sejudh/ MT

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