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Veja nomes de ex-funcionários e empresário presos por desvio de R$ 28 milhões de cooperativa de Campo Novo do Parecis

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A Polícia Civil cumpriu, na manhã desta quinta-feira (23), quatro mandados de prisão durante a 3ª fase da Operação Etanol, sendo três deles em Mato Grosso e um no interior de são Paulo.

 

A investigação, conduzida pela Delegacia da Polícia Civil de Campo Novo do Parecis apura desvios de cerca de R$ 28 milhões da cooperativa de produtores de álcool e cana-de-açúcar, a Coprodia.

 

Os presos são: o ex-gerente da cooperativa; Adriano Froelich Martins, preso em Jaciara; o suspeito de ser responsável por abrir empresas fantasmas, Haran Perpétuo Quintiliano, preso no Bairro Duque de Caxias, em Cuiabá; o ex-responsável pelo setor de compras da cooperativa, Heberth Oliveira Da Silva, preso em Sapezal; e o ex-gerente financeiro da empresa, Júnio José Graciano, preso em Marília (SP).

Presos na Operação Etanol (da esquerda para a direita): Júnio José Graciano, Haran Perpétuo Quintiliano, Heberth Oliveira da Silva e Adriano Froelich Martins (Foto: Polícia Civil de MT/Assessoria)

 

Mandados de busca e apreensão

Ainda foram cumpridos 46 mandados de busca e apreensão em cinco estados da federação. O delegado que preside a investigação, Adil Pinheiro de Paula, informou que o objetivo da nova fase da operação é arrecadar elementos e apreender documentos fiscais e contábeis, que comprovem a movimentação financeira já detectada e investigada pela Polícia Civil, em parceria com o Ministério Público.

 

Em Mato Grosso foram cumpridos mandados de buscas nas cidades de Cuiabá (11), Várzea Grande (1), Araputanga (3), Campo Novo do Parecis (7), Tangará da Serra (5), Santo Antônio do Leverger(1), Sapezal (2), Sinop (1), Porto Espiridião (2) Primavera do Leste (3) e Jaciara (1).

 

No Estado de Goiás, dois mandados de busca e apreensão são cumpridos em Goiânia. No Paraná serão realizadas buscas nas cidades de Ponta Grossa (2) e Tibagi (1). Em São Paulo, os endereços estão localizados nas cidades de Marília (1), Ribeirão Preto (1), Mogi Mirim (1)  e São Paulo (6). Em Minas Gerais serão duas buscas nas cidades de Itauiutuba (1) e Juiz de Fora (1). No Estado de Rondônia será cumprido um mandado de busca na cidade de Cacoal.

 

A operação conta com apoio das delegacias da Diretoria de Atividades Especiais (DRE, GCCO, GOE, DEFAZ), delegacias da Diretoria de Interior, Diretoria de Inteligência e das Polícias Civis dos Estados de Goiás, Rondônia, Minas Gerais, Paraná e São Paulo. O efetivo empregado é de 166 policiais civis, entre delegados, escrivães e investigadores.

 

Fases 1  e 2

A 1ª fase da operação foi deflagrada em julho de 2017, em cumprimento de decisão judicial da 2ª Vara da Comarca de Campo Novo do Parecis, com parecer positivo do Ministério Público, para bloqueio dos bens de Nivaldo Francisco Rodrigues, apontado como um dos chefes do esquema criminoso. Foram bloqueados 15 imóveis em Campo Novo dos Parecis, 7 bens localizados em Juína, Cuiabá e Paraná, além de recursos financeiros, automóveis e gado, demonstrando o enriquecimento ilícito do suspeito.

 

O ex-diretor financeiro da cooperativa foi preso na 2ª fase (12/06/2018), após a Polícia Civil descobrir, que mesmo sendo monitorado por tornozeleira eletrônica, ele continuou movimentando dinheiro da cooperativa. Entre o final de 2017 e começo de 2018 foram cerca de R$ 1 milhão – ato que estava expressamente proibido por determinação judicial.

 

Segundo a investigação, Nivaldo é o chefe da organização criminosa, sendo o elo entre as empresas (fantasmas) que forneciam as notas falsas de prestação de serviço e o dinheiro da cooperativa. Ele também ficava com a maior parte do dinheiro desviado.

 

“Muitas vezes Nivaldo agiu sozinho, contando apenas com a colaboração de outros criminosos de fora da empresa. Outras vezes, contou com a participação de outros funcionários da Coprodia”, detalhou o delegado.

 

Durante buscas realizadas no dia 12 de julho de 2017, a Polícia Civil apreendeu farta documentação que prova o enriquecimento ilícito de Nivaldo Francisco, nos últimos anos.  "Encontramos provas da movimentação de milhões de reais em curto espaço de tempo. Aquisição de muitos imóveis, rurais e urbanos, além de automóveis, contratos de aluguel, anotações sobre a construção e imóveis com gastos na casa de centenas de milhares de reais", disse Adil Pinheiro.

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