A jovem Deise Ribeiro de Oliveira, de 23 anos, que estava presa em flagrante suspeita de ter matado o marido e policial militar Moshe Dayan Simão Kaveski, de 28 anos, na segunda-feira (4) em Peixoto de Azevedo, a 692 km de Cuiabá, teve a prisão preventiva decretada nessa quarta-feira (6). A decisão é do juiz Evandro Juarez Rodrigues, da Segunda Vara Criminal e Cível de Peixoto de Azevedo.
Deise estava presa temporariamente na delegacia da Polícia Civil. Segundo o juiz, ela ainda será encaminhada para audiência de custódia nesta quinta-feira (7). Depois disso, se o juiz manter a prisão, ela será encaminhada para uma unidade prisional de Mato Grosso.
As investigações da Polícia Civil apontam que o crime foi cometido pela própria mulher do PM. A arma do policial, que é do mesmo calibre da que foi usada para matar Moshe, foi encontrada na bolsa de Deise. Ela negou ter cometido o crime.
Moshe e a mulher chegavam em casa, no Distrito de União do Norte, quando o crime ocorreu. O casal, momentos antes, se encontrou com amigos, ingeriu bebida alcoólica e também teria discutido. Em depoimento, a mulher do PM disse que não ocorreu nenhum agressão entre eles.
Um dos disparos foi feito encostado na nuca do policial e teria ocorrido no momento que a vítima estava agachada, soltando o cachorro da casa. Isso leva a crer que o policial foi surpreendido com os disparos.
Para o delegado Israel Pirangi Santos, houve muita divergência nas versões apresentadas por Deise. O delegado afirmou que não há sinais de luta corporal, apesar de a suspeita informar que teria ocorrido. O policial foi baleado por disparos na cabeça e na região do tórax.
Não há testemunhas de que houve movimentação de motos no local ou latidos de cachorros. Deise disse que costumava a fazer disparos com a arma do policial por ‘diversão’.
Ao ser interrogada, Deise disse que pilotava a moto e o marido estava na garupa. Ela afirmou que chegou em casa e Moshe desceu para abrir o portão.
“Que um indivíduo encapuzado puxou sua corrente de ouro do pescoço. Enquanto tentava retirar a moto, viu que Moshe levantou o braço e em seguida ouviu três disparos de arma de fogo e ouviu o som de alguém correndo”, consta trecho do depoimento no processo.
G1 MT