Dados do Prevfogo, o Centro Nacional de Prevenção e Combate aos incêndios florestais do Ibama, em 2020 já passa de 2,3 milhões de hectares queimados no Pantanal, sendo 1,2 milhão em Mato Grosso e 1,8 milhão em Mato Grosso do Sul.
Quando a gente fala em hectares parece algo distante para muita gente, mas essa área de mais de 2 milhões representa quase 10 vezes o tamanho das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro juntas.
O Pantanal é o bioma brasileiro mais afetado pelas queimadas proporcionalmente, mas em Mato Grosso os incêndios estão espalhados por todo o estado.
Segundo o Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), de janeiro até agora mais de 25,4 mil focos de calor foram registrados. O número é 29% maior do que no mesmo período do ano passado.
As queimadas aumentaram no Pantanal a partir de julho, quando a estiagem ficou ainda mais intensa. Os dias estão tão secos que o clima fica parecido ao de um deserto, com umidade abaixo dos 10%. Mas o problema não é só o clima.
Uma reserva particular teve metade da área de mais 100 mil hectares destruída. Segundo perícia do Corpo de Bombeiros, as chamas vieram de fazendas que estão próximas e que foram queimadas de forma criminosa, intencional.
