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Oferta de dinheiro rápido e e-mails com propostas ‘imperdíveis’ são iscas oferecidas por cibercriminosos

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Procon Orienta


A grana tá curta, não dá para pagar as contas, comprar um bem ou fazer aquela viagem no fim de semana, e para distrair a cabeça você liga o computador. Pronto! Aparece um anúncio, que chamamos no "internetiquês" de pop-up - uma janela que abre no navegador ao visitar uma página web - e você acaba atraído por uma oferta de empréstimo tentadora, normalmente com juros baixos e uma série de facilidades que parecem inacreditáveis. E são. Cuidado, isso é golpe. Então, fique atento para não cair nessa furada.

 

Com apenas quatro dicas o consumidor pode evitar de cair em uma cilada na internet, orienta Sandro Cattaneo, Diretor de Conciliação Procon, especialista em Direito do Consumidor. O primeiro passo, segundo ele, é conhecer a empresa que está oferecendo o empréstimo pessoal na rede.

 

"Pesquisar mais sobre a empresa online, saber qual o tempo de operação, se ela já teve alguma matéria veiculada na imprensa nos últimos três meses são medidas a serem tomadas", diz.

 

Outra dica é pesquisar bastante para achar a melhor taxa e as melhores condições de contratação. "Pesquise e simule quantas vezes for necessário. Somente assim você terá certeza de que encontrou o empréstimo ideal", afirma.

 

O mesmo alerta ainda que depósito antecipado é proibido por lei, por isso é bom ficar de olhos bem abertos para não dar bobeira. "Qualquer quantia antecipada que seja solicitada por uma empresa para a liberação do empréstimo é proibida pelo Banco Central. Essa prática é contra a lei e configura tentativa de fraude ou golpe", orienta.

 

Mídias sociais

Uma boa notícia é que o consumidor pode pesquisar sobre empresas nas mídias sociais. Segundo o Procon, elas se tornaram grandes aliadas."Redes sociais como Twitter, Facebook e até mesmo sites especializados como o Reclame Aqui, servem de referência na hora de escolher o melhor lugar para ter o crédito pessoal online", indica. E acrescenta: "Essas plataformas são aliadas na hora de avaliar a credibilidade e reputação da companhia no mercado."

 

Dados mostram que pagar dívidas e cartão de crédito estão no topo do ranking dos desejos do consumidor com 25,89% e 11,25%, respectivamente. Portanto, cair em golpe pode não ser tão difícil quanto parece.

 

Desconfie de ligações telefônicas

Um outro fator destacado pelo especialista em Direito do Consumidor é o uso de nome de empresas conhecidas no mercado para ludibriar o consumidor. Algumas quadrilhas usam documentos falsos para veicular propagandas e oferecem dinheiro fácil e muitas vezes, utilizam indevidamente o nome de instituições de crédito com renome no mercado. O consumidor que liga para o telefone anunciado é orientado a fazer um depósito, correspondente a 3,5% a 8% do valor a ser emprestado, em conta particular, sob a alegação de assegurar a liberação do dinheiro. Mas o crédito nunca é concedido. E os estelionatários não são localizados.

 

Sendo assim, “não se deve contratar empréstimos por telefone nem aceitar fazer depósitos em contas bancárias”. “Evite as formas mais fáceis de crédito, pois quanto mais fácil o acesso ao empréstimo, maiores são os riscos de fraude e mais altos são os juros”.

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