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US$ 535,02 milhões; Campo Novo do Parecis é a cidade que mais evoluiu nas exportações

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Nem Cuiabá e nem Várzea Grande, cidades que concentram a maior população e consequentemente a melhor infraestrutura entre os 141 municípios de Mato Grosso, aparece na lista dos maiores exportadores mato-grossenses. No ano passado, dos mais de US$ 14,72 bilhões faturados pelo Estado no comércio exterior, 48%, o equivalente a US$ 7,13 bilhões foram faturados por apenas dez cidades, todas elas localizadas no interior. E mais uma vez, Sorriso (460 quilômetros ao norte de Cuiabá), conhecido como a Capital Nacional do Agronegócio, liderou o ranking estadual, contabilizando vendas de mais de US$ 1,5 bilhão.

Conforme dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, a receita das exportações mato-grossenses em 2017 ficou concentrada, pela ordem, em Sorriso, US$ 1,55 bilhão, Rondonópolis, US$ 1,02 bilhão, Querência, US$ 792,41 milhões, Nova Mutum, US$ 671,85 milhões, Sinop, US$ 645,05 milhões, Primavera do Leste, US$ 611,14 milhões, Campo Novo do Parecis, US$ 535 milhões, Sapezal, US$ 464,83 milhões, Lucas do Rio Verde, US$ 428,75 milhões e Diamantino, US$ 411,29 milhões. Cuiabá ficou com a 14ª posição, com saldo de US$ 267 milhões, seguida por Várzea Grande, em 15ª colocação, com US$ 233,51 milhões.

Todos os dez municípios têm em comum, além do fato de cidades do interior, o perfil econômico, atrelado e vocacionado ao agronegócio. Esses municípios são os maiores produtores mato-grossenses de grãos – soja e milho – e de algodão. Em todo 2017, por exemplo, a soja em grão se manteve o principal produto embarcado, sendo responsável sozinha por 46,22% do total faturado, ou seja, US$ 6,80 bilhões.

Sorriso detém a maior área plantada de soja do mundo, com cerca de 600 mil hectares anuais à cultura. A receita de pouco mais de US$ 1,55 bilhão, em maior parte, veio das vendas de soja e de milho. Conforme balanço do Ministério, US$ 890,82 milhões vieram dos embarques do grão – respondendo por 57,35% do total faturado - e outros US$ 536,22 milhões, ou 34,52%, com as vendas de milho.

Em Querência (945 quilômetros a nordeste da Capital), 75% da receita originada com as exportações vieram das vendas de soja em grão, US$ 595,13 milhões.

Dos ‘top 10’ de Mato Grosso, os municípios que mais evoluíram anualmente no indicador receita, na comparação com 2016, foram: Campo Novo do Parecis, que passou de US$ 387,92 milhões para US$ 535,02 milhões, ganho anual de 37,46% e Querência de US$ 445,45 milhões para US$ 792,41 milhões, aumento de 33%.

Na outra ponta do ranking estadual estão os que mais encolheram entre 2016 e 2017, como Sapezal que passou de US$ 518,20 milhões para atuais US$ 464,83 milhões e Lucas do Rio Verde, de US$ 508,42 milhões para atuais, US$ 428,71 milhões.

Dos dez maiores exportadores de Mato Grosso, oito deles estão entre os 100 maiores do Brasil em relação á receita contabilizada em 2017, Na 25ª posição está Sorriso, na 48ª Rondonópolis, na 62ª Querência, na 72ª Nova Mutum, na 76ª Sinop, na 81ª Primavera do Leste, na 89ª Campo Novo do Parecis e na 99ª Sapezal. No país, lideram o ranking nacional, São Paulo (SP), Parauapebas (PA), Angra dos Reis (RJ), Rio de Janeiro (RJ) e Paranaguá (PR).

EVOLUÇÃO – Esses mesmos municípios contabilizaram em 2016 pouco mais de US$ 6,14 bilhões, cifras que revelam ganho anual de quase US$ 1 bilhão, ou de 16% na comparação com 2017, quando saldo somou US$ 7,13 bilhões.

Marianna Peres - Diário de Cuiabá

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