A construção de uma ponte no Rio Sacre para que os indígenas de cinco aldeias tenham acesso às cidades de Campo Novo do Parecis e Brasnorte precisava de uma licença do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Ibama) para ser extraída a madeira para a construção na própria reserva indígena. Atualmente, uma balsa antiga que fica dentro da reserva, liga os dois municípios.
Por esta balsa passam ônibus escolares, carros de passeios e caminhões trazendo perigo para quem precisa utilizar a travessia. Nesta região, o rio chega a ter 20 metros de profundidade.
Outra alternativa para se chegar até a aldeia é pela MT-235, num trecho de 110 quilômetros.
Com a construção da ponte, esta distância diminui 35 quilômetros usando-se a BR-364, passando pelo Distrito Marechal Cândido Rondon.
As obras ficaram mais de seis meses paralisadas até que fosse liberada a licença no início do mês de agosto.
O valor da obra será de aproximadamente R$ 200 mil reais, uma parceria entre os dois municípios e o produtor rural dono da área localizada no município de Brasnorte que foi doada para a construção de 500 metros de uma estrada nova que ligará a nova ponte com a estrada antiga.
A nova ponte fica a aproximadamente dois quilômetros acima da cachoeira Salto Belo, e a antiga balsa continuará em funcionamento para turistas que queiram atravessar o rio por ela e as passagens serão monitoradas por indígenas das aldeias próximos ao local.
Toda a madeira utilizada na construção da ponte está sendo extraída pelos próprios índios.
“Depois de muitos anos esperando por essa iniciativa do poder público nós nos sensibilizamos com esta necessidade. Em reunião com os indígenas resolvemos construir a ponte. Depois de um tempo parada, a obra agora com a licença ambiental liberada vamos sim concluir essa obra e levar o benefício para as aldeias e quem precisa utilizar esta estrada ligando os dois municípios”, destacou Prefeito de Campo Novo do Parecis, Rafael Machado.
O prefeito destacou também a atuação da FUNAI para a liberação do referido projeto. Segundo o chefe do executivo, a instituição colaborou diretamente para a viabilidade do projeto.