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Aluna camponovense de 10 anos é semifinalista nas Olimpíada de Língua Portuguesa

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“Eu me inspirei no lugar onde eu vivo, no que eu sinto pela minha cidade e em tudo que eu acho legal nela”, disse Júlia.


A pequena Júlia Quérem Santana Machado, de 10 anos, aluna do 5º ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal 04 de Julho, de Campo Novo do Parecis, teve seu poema eleito o melhor do Estado de Mato Grosso, foi uma das semifinalistas na categoria Poema da 6ª Edição da Olimpíada de Língua Portuguesa e representou o município em nível nacional.

 

Júlia se inspirou na cidade de Campo Novo do Parecis, falando das belezas naturais, da agricultura, diversidade de povos, entre várias outras características do município. Em seu poema intitulado “Meu Pedaço de País”, em poucos parágrafos, Júlia conseguiu transmitir para todo o Brasil o que é a cidade onde mora.

 

Segundo Dilza Zamparoni, professora de Júlia, a aluna passou por vários processos de seleção. O primeiro dentro da escola onde estuda, o segundo em nível municipal e, por último, o poema foi escolhido para representar o estado por uma banca julgadora.

 

Para Dilza, todo o processo “foi uma experiência maravilhosa, de muitos aprendizados e surpresas (...)”. Disse também que o projeto da Escola 04 de Julho se iniciou no começo do ano, e que os professores não imaginavam ir tão longe.

 

O poema “Meu Pedaço de País”, que disputou contra 63 outros poemas de todo o Brasil, na cidade de São Paulo, não passou para a fase final, mas já demonstrou a força da Educação e o potencial dos alunos de Campo Novo do Parecis.

 

Veja o poema:

Meu pedaço do país

No lugar onde moro
O sol nasce bem cedinho
Iluminando nossas belezas
E o cantar dos passarinhos.

 

Mas não é sempre essa harmonia
O sol traz a sequidão.
Por aqui são seis meses de desgosto
Ninguém aguenta nosso agosto
Só o que me chama atenção
São as graciosas flores dos ipés
Esparramadas na avenida, pelo chão

 

E para acabar com essa secura
As chuvas de setembro trazem fartura
Renovando o verde do cerrado
Revigorando a força enraizada.
Das árvores baixas e curvadas
Que brotam profundas do solo arenoso
Favorecendo as águas esverdeadas.

 

Compartilhamos com os Parecis
Uma grande reserva indígena,
De cachoeiras e fauna preservada,
Que contam as origens da cidade.
Índios formosos cantam e dançam
Agradecendo a mãe natureza
Serem donos de tamanha beleza.

 

E a terra vermelha, onde tudo dá
Faz enriquecer nosso rincão
Motivo que cantamos nosso hino
O orgulho latente em ser
Celeiro Nacional da Produção
Tudo que se planta
Muda a rotina por aqui.

 

O milho de pipoca é tradicional
Mas tem um cheirinho sem igual.
A cana traz migração
Em época de contratação.
A soja já não reina no rincão
Deixa ora verde sobre o chão,
Ora dourado com a sequidão.

 

E para seguir o sol
Os belos campos de girassol.
Mas nada se compara
Ao exuberante algodão
Para uns nuvens, outros neve
Ouro branco, junta o céu e o chão
Embelezando nosso chapadão.

 

Nossas terras de belezas
Nossas terras produtivas,
Que geram riquezas
Garantindo renda
A nossa nação.
Além do orgulho
De crescer nesse chão.

 

É terra de oportunidades
Tem habitantes de muitos lugares
Em busca de trabalho e melhorias
Para o sustento de suas famílias.

 

Terra de tantos sonhos e realizações
Seu progresso me faz feliz.
Se quer saber qual é esse lugar,
É Campo Novo do Parecis.

 

Júlia Quérem Santana Machado

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