Um grupo de produtores de Mato Grosso que participa da Missão Técnica dos Estados Unidos 2019, promovida pelo Sistema Famato/Senar/Imea visitou segunda-feira (25.08) a propriedade de Ollie Dorn, que cultiva cerca de 2.840 hectares de soja e milho. “Este ano tivemos uma primavera muito chuvosa e o plantio foi tardio em todo o Meio Oeste Americano. Não sabemos como será nossa produtividade, precisamos esperar para ver como será o clima em outubro, mas estamos otimistas”, conta o produtor.
Ele começou a semear o milho de 22 de abril até 12 de junho e o plantio da soja aconteceu entre os dias 22 de abril e 14 de junho. Dorn disse que como houve um atraso muito grande ficaram 2.200 acres (890,30 hectares) sem plantar, mas que tem o seguro de clima que cobriu o prejuízo.
Segundo o produtor americano, desde 1943 a família produz soja e milho na região e seu pai tinha apenas 130 acres (que equivale a 52,60 hectares) e, nos dias de hoje, ao todo, são mais de 8.500 acres (que equivale a 3.439 hectares). “Temos duas fazendas em Illinois e duas no estado de Indiana. Além da soja e do milho, também estamos buscando uma outra alternativa para fazer a rotação das culturas”.
O dia para o grupo de produtores de Mato Grosso que participa da Missão Técnica dos Estados Unidos 2019 foi de muita troca de informações e conhecimento. Para o presidente do Sindicato Rural de Campo Novo do Parecis, Antônio Brolio, que visita a propriedade de Dorn pela segunda vez, é perceptível a diferença na lavoura em função do plantio tardio. “A lavoura está desuniforme e, como o Ollie falou, pode haver uma perda de produtividade nesta safra americana”.
O produtor de soja de Campo Novo do Parecis, Jonas Iape que também faz sua segunda visita a Dorn, verificou que não só a lavoura de soja de Dorn está desuniforme, mas de toda a região. “Vimos muitas áreas manchadas, ou seja, uma parte mais desenvolvida e outras menos. Isso pode sim influenciar na produtividade”.
Diferente da realidade mato-grossense, as máquinas da propriedade de Dorn são praticamente novas. Os produtores conversaram bastante sobre pragas e doenças que atingem as lavouras americanas. Eles ainda tiveram a oportunidade de observar outras situações dentro da propriedade americana e comparar com a realidade mato-grossense.
Fonte: Ascom Famato