Fonte: Canal Rural – Victor Faverin
Produtores de Campo Novo do Parecis esperam que desempenho satisfatório desta temporada os preparem para os custos elevados de produção em 22/23
Em fazenda de Campo Novo do Parecis, no oeste de Mato Grosso, as plantadeiras e colheitadeiras estão trabalhando juntas. Enquanto uma retira a soja plantada há cerca de 100 dias, a outra lança no solo as sementes do algodão segunda safra.
“O clima este ano foi muito bom [para a região]. Foi bastante chuvoso, com chuvas regulares. Não tivemos verânico durante a cultura, com um plantio tranquilo. A média de produtividade nessas áreas precoces é em torno de 60 sacas [de soja] e as áreas médias em torno de 70 a 80 sacas [por hectare]. Nossa expectativa é de colher dez sacas a mais se comparado ao ano anterior”, detalha o engenheiro agrônomo Guilherme Augusto Castelli Vieira.
Em outra fazenda do município, a colheita da oleaginosa começou em 27 de dezembro de 2021 e não parou mais. Assim, o agricultor Milton Bazila plantou 3.600 hectares do grão nesta safra e espera que a regularidade das chuvas continue favorecendo o desenvolvimento das lavouras de soja. Nas primeiras áreas colhidas, o desempenho foi considerado satisfatório. “Colhemos 99 hectares esses dias e a média deu 74 sacas. Acho que vai se estabilizar nessa faixa de 70 sacas nas próximas áreas”, diz.
Segundo ele, ainda existem áreas arenosas no fechamento final da colheita, onde a expectativa é menor. No entanto, a média deve ser acima da registrada no ciclo anterior. “No ano passado sofremos muito. Colhemos 65 sacas em média e, para este ano, estou pensando em média de 68“, considera.